quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Verão

(...)



Me arranhe, me assanhe, me estranhe
  percebido na febre do desejo meu, faça de mim por seu
nessa estrada cantante de suaves fios ao delebro da brisa,
Te faço de mim o pouso, o liso frio do gelo que cai agora, 
da fria neve
de teu dorso que me cobre, 
me descobre, 
me atreve, 
me explique, 
me suplique, 
me desfacele, 
me amasse, 
me arranhe, 
me assanhe,

me banhe de suor seu.

deixe-me ver através da ventania.
De sua pele macia, um casto desejo de madrugada quente.
Nesses lábios que me desenham através do fogo que me cobre a alma.

Me permita acenar o lenço, deixá-lo cair para que possa buscá-lo depois.

E novamente eu
Novamente você.
Novamente 



n
ó
s

.





  Clara Freitas & Horta 2011.




.











...

Nenhum comentário:

Postar um comentário