terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Das capacidades

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Capacidades são essências,
figuram ao espírito da pessoa humana.


Conhecimento adquirido é valor agregado.
Como um perfume independe de frascos os dons de alguém independem daquilo que os sustentam 
para que desempenhem sua função.

Sua qualidade e fragrância permacecem no tempo e no espaço.

O valor agregado é o detalhe a mais, como uma embalagem ou uma vaga propaganda.

Muito se admite fazer pelo que se possui e mais ainda pelo que se permite a saber.

Situações mal resolvidas são fantasmas que assombram o sucesso.

O verdadeiro sucesso é:
                    


                                  "Ao final da estrada,
                                                   além de chegada e finda a viagem,
                                                                       a certeza de que cada rastro possui história
                                                                e não necessita ser apagado."


O sucesso se firma na aceitação da impossibilidade de definir quem somos,

na inacreditável experiência do exercício da capacidade de se perceber, 

de se ajustar sem perder a comunicação entre nossa essência e o meio,

de não ocultar nossas verdades,
principalmente aquelas que nos figuram, 
que nos traçam como esculturas no fio sublime da vida,

na face clara do que realmente somos: 




Fracas, voláteis e humanas criaturas.







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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Suave veneno

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Como a hábil tecedeira
tecerei 
Suaves fios
nada além de belos versos
e
ventos ao teu redor
Alargarei teus caminhos, 
desvendarei teus mais puros e secretos
e sagrados segredos.
Lhe permitirei tudo, tudo, absolutamente tudo, mais que os preciosos necessários.


Enviarei flores, aquelas que sabes bem.
Aquelas que sem saberes cobiças.


Doce face ao frio do tempo.
Necessária silhueta. 



Entre as ervas daninhas a mais sutil.


Das tecedeiras a mais simplória espécime de raro veneno.
A expressa e mais eximia presença soturna.

Aconselho-vos para o prazer do jogo,

Buscai cuidados de anjos.

Pois figuras lhe espreitam ao sabor do vento  noturno.
Suaves criaturas sedentas de almas estamos à mesa posta.

Doce alma à refeição.

Bela essência ainda no frescor da existência

Belas e delicadas bocas sedentas que lhe olham.
Ávidos ouvidos atentos que lhe subitam a carne em segredo.
Fanáticos olhos famintos que lhe aguardam a verdade.


Aquela que de ti exala antes mesmo de vir a ser a sua mais pura e íntima das verdades.


E de quem lhe assegura ciência

Bom descanso.

Bom espaço.

Às ávidas meíssas aos teares.


Mais tempo que de costume.


Ao puro mel da glória.
Se menos meu ainda menos seu de fato se fará.

Posto que nada se valerá a permanecer além do limite que a natureza placidamente defere.


Tão puro,
Tão singelo,
Tão falso e vil coração de suave toque.

Natural.
Simplesmente.










Suculentamente natural!




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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Enquanto a chuva caía!

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Quando tudo passa diante de nossos olhos e percebemos finalmente que muito do que se fez não deveria nem ser pensado e de verdade a maior parte do que não se fez o deveria haver tomado o lugar.

Percebemos que poupar a vida da regra de apropriação de cada um dos que amamos de verdade, sem dizer que se ama sem propósito ou se desfazer daquilo que realmente interessa.

Te ví na rua ontem enquanto a chuva caía
quis realmente me aproximar e nos aquecermos mutuamente,
lhe oferecer mais que apenas o calor de meu coração,
mais que o sentimento que possuo.


A paz que lhe desejo além do desejo de sorver seu mais fino elixir.

Preciso de você mais até do que imagino!



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domingo, 8 de janeiro de 2012

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

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Estou aqui à disposição do vento, do tempo, de seu olhar felino de largas pupilas flamejantes.

Estou aqui, ao embalo da brisa. Num cantar silencioso, num vagar licencioso à vacância de ti.

A chuva parece mais fria, a ventania mais temida, a sensação de seu cheiro mais distante, mais distante de meus sentidos, de minha profundidade natural.

Os velhos campos vistos na janela, não possuem mais o verde de outrora, a singeleza das flores que já há muito se despediram não me vêm à memória.

A graça do amanhecer se torna mais fria a cada dia.

Se faz mais presente em sonhos, agora pesadelos uma fina necessidade de refazer caminhos de você.

Espero na janela, mas a poeira não se levanta, não há som, nem tropel, nem nada e cada olhar à longa estrada nada mais me revela senão a certeza de sua partida, sua falta sem aviso.

Me faz falta seu assovio, seu andar desordenado, seu jeito brusco, semi explícito.

Sua tez ao carinho do tempo, da natureza  bravia em seu semblante, seus atos seus resultados.

Já não te vejo à dúzias de luas, os monttes não têm mais graça, o céu não se faz mais tão azul.

Me perco aqui a testemunhar o evoluir à minha volta.

Me perco de mim sem você.






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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Aos espúrios

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Quero aqui manifestar as minhas mais sinceras indignações a certos fatos da vida.

Mesmo que escritos ao nosso posto de desenvolvimento do destino,
ainda que sejam para crescimento ou preço para quitação de beneces futuras.

Porque tantos inresponsáveis interagem sem segredo de suas intenções e sem o menor apreço por aqueles que de fato buscam uma melhoria, que passam seus momentos na busca de fugir do destino miserável imposto por esses insufucientes débeis como projeto de dominação?

Quero expressar meu repúdio à sugadura e à galhardia alheia, aos plantadores e semeadores, primeiros cobradores dos resultados daquilo que deturpam.

Sacadores de crédito alheio, esmealheiros da paciência vigilantes discórdiosos, falsos ocultos nas vestes de Deus.

Que lhe invocam o nome, lhe denominam de senhor, lhe tomam como pai, que expressam em atitudes de vermes.

Se apresentam como santos anjos. Infelizes escarnecedores, praga daninha, perfídia social que arrasa e arrasta, que veneram a cruz, que sugam seu santo nome, que se valem da pronúncia divina para justificarem seus mais espúrios interesses.

Santos falsos e vís, que se ajoelham aos altares na insana manipulção dos homens, que se valem das esmelharia da carne no sustento de seus mais sórdidos costumes, que fazem do sangue e da vida alheia seu mais puro elixir de existência, expreitam seus afazeres, estudam, aguardam na pura e verdadeira intenção de aniquilar, impor sua cultura de dominação, seu exposto de falsidade naturalizada.

Firme vitral imune ao tempo, inoxidável, incomburível, inegavelmente forte, perfis presentes desde o início, órgão viceral canceroso das conjunturas de tudo, mais que um posto, mais que um ponto, um cargo no papel de consciente atitude e inconsequente interesse de fazer, de usufruir, de matar, de esfregar, corroer, manipular e sugar, sugar.

Até que não reste nem mesmo o último fio de bagaço.

De minhas vergonhas aceito todas, todas elas, todas, todas aquelas que de fato correspondem ao que construí que constituí, criei e estabelecí, as que por providência encomendei, solicitei, as que por conveniência de carne ou de espírito acatei, àquelas que hoje carrego em minha bagagem por conveniência ou como passes de participação social.

De minhas virtudes, não me considero no dever de apresentá-las a quem quer que seja, a quem as questione, a quem as defina, pois a esses não cabe nem a passo de contagem um permito de ação, um tempo secundar de avaliação, nada valem para mim, de nada servem à minha observação particular a não ser como exemplos do que não ser, do que não se tornar.

De minhas virtudes, à  somente quem de fato se faça por natural merecedor, de minhas vergonhas todo orgulho que me permitem, toda graça que me defiram sem se desfaçar das derrotas e castigos que me tragam a contento.

A todos esses e eu, sendo que de mim e desses, nada além do que se mereça, nada além do desprezo e amor que interpilam para sí.

Que o afiado corte, a negra capa que envolve o rosto, haja vista a vertente de história de vida e a justa causa da peça feita sob medida de seus e meus feitos,

Sse faça por fim o que se possa justificar.


(...) e na hora de nossa morte.
Amém!





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