sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Cara parceira

.





Me despeço agora, como no tempo de seu leito agonizante lhe agradeço, 
grandes possibilidades me ofereceste, me deste, me garantiste perante aos outros.

Cara parceira,

obrigada pelas histórias de esteira, pelos trançados de palha,
pelos dias de chás amargos na cura do mal que me padece,
foste meu mais sincero exemplo de atitude de vida,
me plantou e me deixou para ser colhida, primeiro por mim, depois por quem me mereça.

Ainda guardo em meus dedos as alianças que me deste, agradeço profundamente,
obrigada,
obrigada 
e obrigada.

Pelo atento amor de vó! 

Que Deus a tenha e não nos separe em pensamento e fé.

Obrigada por estar comigo.

Esteja sempre.


                                                                           


Amém.




.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Verão

(...)



Me arranhe, me assanhe, me estranhe
  percebido na febre do desejo meu, faça de mim por seu
nessa estrada cantante de suaves fios ao delebro da brisa,
Te faço de mim o pouso, o liso frio do gelo que cai agora, 
da fria neve
de teu dorso que me cobre, 
me descobre, 
me atreve, 
me explique, 
me suplique, 
me desfacele, 
me amasse, 
me arranhe, 
me assanhe,

me banhe de suor seu.

deixe-me ver através da ventania.
De sua pele macia, um casto desejo de madrugada quente.
Nesses lábios que me desenham através do fogo que me cobre a alma.

Me permita acenar o lenço, deixá-lo cair para que possa buscá-lo depois.

E novamente eu
Novamente você.
Novamente 



n
ó
s

.





  Clara Freitas & Horta 2011.




.











...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sem pára-quedas

(...)


Ouse... ouse... ouse tudo 


não tenha necessidade de nada, 
não tente adequar sua vida a modelos 
nem queira você mesmo ser um modelo para niguém,
acredite que a vida lhe dará poucos presentes,
se você quer a vida, 


aprenda a roubá-la. 
Seja o que você é
aconteça o que acontecer,
não defenda princípios 
mas algo de bom, 



            Veramente formoso.





.

Os poderes

.


   Capacidades são essências, figuram ao espírito da pessoa humana. Conhecimento adquirido é valor agregado.
   Como um perfume independe de frascos, os dons de alguém independem daquilo que os sustentam para que desempenhem sua função, sua qualidade e fragrância permacecemno tempo e no espaço.
   O valor agregado é o detalhe a mais, como uma embalagem, uma vaga propaganda.
   Muito se admite fazer pelo que se possui e mais ainda pelo que se permite a saber.
   Situações mal resolvidas são fantasmas que assombram o sucesso.
   O verdadeiro sucesso é, ao final da estrada, além da chegada e finda a viagem, a certeza de que cada rastro possui história e não necessita ser apagado.
   O sucesso se firma na aceitação da impossibilidade de definir quem somos, na inacreditável experiência do exercício da capacidade de se perceber, de se ajustar sem perder a comunicação entre nossa essência e o meio, não ocultar nossas verdades, principalmente aquelas que nos figuram, que nos traçam como esculturas no fio sublime da vida, na face clara do que realmente somos: Fracas, voláteis e humanas criaturas.




...
Amar a todos vcs é alento.
Muito obrigada!
Cecília, Senador, Mixéu, Wisley, Comadres, Práimi, Patrícia, Maitê, Jukínha, Dilma, Brigíti, Bíndchên, Roberta, Sr. e Srª. Presidente, Obama, Bíspa, Zohan, Jaque, Jackspéraôu, Tibínhas, Alfredín & Bénádu (...)

Gostaria de citar também : Dracko e Jâstín, só para não perder a prática.


Satisfação!

Feliz Ano Novo a todos!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Xadrez

.



Suave menino sonhador...

Doce candura de saúde, peça rara, doce caviar.


.

Essência

.


Seu passo lívido e orvalhado peito nú. Um passo graduado de longevidade e ternura, sua face de encanto, de verdades esquecidas, guardadas e acumuladas no tempo perdido na vastidão de meu silêncio íntimo, o toque, a sensação, minha pele, sua pele e nossos lábios de guardado véu.

Sua candura de marfim, seu peso, seu lácido vagar, seu tom e encanto.

Doce tempo guardado para sempre na caixinha de meu existir, aquela simples e empoeirada na estante da sala ao lado da porta aberta.


.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Das verdades

( ... )





Era um curto espaço de tempo,
      um laço esquecido na escada,
            doce sonho interrompido no embalo dos anos
                  que ainda se permitiam
                         contar nos delicados dedos das mãos.




.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Profundamente sois

Verdadeiros soldados reais, Dragões da Depedência, pobres espíritos no xadrez da vida, na amplitude e consciência de seus atos reverberam a pura e única verdadeira influência, os fazem agir conforme sua própria natureza, gigantes não, grandes sim ... grandes e monstruosos rochedos brutos, incapazes de enxergar fora da viseira do lucro, da glória que imaginam e necessitam sem saber que a vontade não se iguala ao necessário e necessário não se sucumbe à mesquinharia dessas pobres almas sedentas de poder, de se permitir sem consentimento, de se apoderar do que organizadamente desorganizam a seu próprio favor, pobres ... pobres almas vestidas de farrapos éticos ainda que emendados de fino capital de ouro que os sustenta e sustentará. Pobres bestas andantes, se dotados de inteligência ainda que bastante passo há de se supor desviada, insustentada, não fundada, mas afundada ...



Pobres almas, pobres Excelências, pobres bestas vagantes nesse mundo de leões que brincam, usam e depois devoram como fresco caviar ...

Pobres almas, pobres bestas andantes ...



...
...
...
...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Eterno enquanto dure

Não digo que te amo, respiro esse amor, vivo, ouço, canto, no vasto alqueire do coração na mansão dos amores guardei lençóis para ti, me ouça, me veja, me-me torça como a fina seda que descobre sua silhueta ao sol, teu espaldo nessa essência que evapora o perfume de natureza, aquela humana que esmorece a carne, reverbera cada ponto em arrepios de você.





..

Além de mim

Não sabia, mas desde que te ví não mais me percebí, você e somente você me completa, me consome me garante o nome, o nome de me reconhecer feliz ...







,

Satisfação

   Cheiro de temperos rescendem pela casa, banho recém tomado ... cabelos ainda molhados na janela, quadro que me revela os campos se encobrindo da suave sombra noturna, pirilampos vagueiam pela várzea, a natureza canta para as surpresas da noite, na brisa o esquecido calor do sol que já se despede ao moribundo clarão sobre as serras já encobertas de névoa, terreiro limpo, escada de pedra, lamparina acesa nas soleiras, som de violão na farta varanda, telhado alto. O fiado de ar anuncia ... chuvas de verão, semanas recolhidas de águas e águas e águas ...  ...  doce brisa.

    Suave recordação de infância.

Ducce veramente ducce

Os largos dias caminhados sem você nada trazem de lembrança senão a felicidade de saber que apesar do passado sua presença hoje é verdadeiramente prazerosa, seu sorriso, seus tons ... de tudo a declarar me corrói a necessidade de expressar meu contentamento e estima, sinto neste momento um aperto no peito, uma emoção, certeza de que faço parte desse círculo, dessa estrutura amistosa que construímos dia-a-dia, da qual não quero sair jamais exceto diante das forças naturais da vida. Sou assim grata de todo coração, grata veramente grata.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Café

Meu passado lar de janelas altas, de soleiras orvalhadas, suspiros vivos, café fresco, gado no campo e gato preguiçoso na janela ...

Poderia ...

Arfar meu peito e afirmar no tempo o que gostaria de entreter, mas seria inútil, um passo num faço não faço, um dia, uma proposta. Eu com somente eu e sua suave presença, seus olhos, sua pele, só e somente você ...