quinta-feira, 31 de maio de 2012

PREFERIDO

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Um abração ao Frank, meu artista preferido.






Clara Freitas & Horta
PREFERIDO.

INDIGNAÇÃO

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Ainda vejo aquela imagem

de quando se podia acreditar na brancura do mundo,
de quando o sol era menos ardido e mais caloroso,
de quando as pessoas podiam se olhar nos olhos

e

dizer realmente o que penasvam de si mesmas

ainda que doesse, não doía tanto, 
ainda que prazeroso, não seria eterno

pois,

naquele tempo as fases eram de fato passageiras, breves

e apesar de ficarem na memória de nossos momentos,
não perduravam como necessidades a sserem atendidas em um futuro obscuro a que nos prestássemos a satisfazer,

Saberia dizer se acaso não valesse a pena,
sem medo ou risco da consequência.


Já não se fazem mais infantes como antes,


nem nada que se proponha.






Clara Freitas & Horta
INDIGNAÇÃO.
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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Mel ou fel

De doce que percebo, nem a ponta desilhueta.
De amargo que percebo, não guardo na lembrança;
De doce exalado, quantas abelhas, mais ainda agora.
Do sal do mar, à brisa do oceano apenas a lembrança do suor,
Dos sabores o azedo do limão.
De você o acalanto.
De tanto.

                                Só.
                                Sem limão no chão.
                                Sem limão na mão.








Clara Freitas & Horta
MEL OU FEL.






















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sábado, 19 de maio de 2012

Incapaz de viver por mim


De tudo que escreví até hoje talvez sejam essas linhas as que possuo de realmente nú, de sentimento verdadeiramente despido.

Sinto tanto sua falta.

Não posso mais me imaginar sem sentir mesmo que seja em imaginação sua presença, você me encanta, me enebria de vontade de continuar, de saber que apesar de sua ausência em um dia de chuva, vou te ver de novo, estarei novamente com você.

Me falta sua fala, seu jeito, uma face sua. 

Tudo que vejo me lembra você, me apresenta você.

Saber que nos veremos de novo e de novo e de novo te imaginar aqui, te ver aqui, fantasiar como será seu calor, seu sabor, como será novamente te ver, te sentir, te tocar. 

Não posso mais esconder... Isso já me consome, já está maior do que eu posso, do me permito controlar. Já foge de minhas mãos, já não dá para esconder, disfarçar.

Dói, dói como no poema,

Arde como no poema, queima sem que eu possa ver.

Eu sei que não é infinito, 

Eu sei, eu sei ... é frágil, Que não é eterno, mas não posso deixar de sentir, de te querer.

Seu olhar me acalma, me exagera, me encanta, me causa necessidade, me apura o sentir, o haver, o ser. Me dá sentido, me realiza, me permeia,me faz a cada dia ... ... ... ..   ..  .


Clara Freitas & Horta
INCAPAZ DE VIVER POR MIM.

Naquela cadeira

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Naquela cadeira de pés torneados de um marrom experiente nas etações, de um velho carvalho ao tempo das frias noites da ampla floresta, etofado vermelho saliente de onde se espaldava o corpo nú de tons envolventes, rubros sem dúvida naturalmente saudáveis ...





Clara Freitas & Horta
NAQUELA CADEIRA.