sábado, 19 de maio de 2012

Incapaz de viver por mim


De tudo que escreví até hoje talvez sejam essas linhas as que possuo de realmente nú, de sentimento verdadeiramente despido.

Sinto tanto sua falta.

Não posso mais me imaginar sem sentir mesmo que seja em imaginação sua presença, você me encanta, me enebria de vontade de continuar, de saber que apesar de sua ausência em um dia de chuva, vou te ver de novo, estarei novamente com você.

Me falta sua fala, seu jeito, uma face sua. 

Tudo que vejo me lembra você, me apresenta você.

Saber que nos veremos de novo e de novo e de novo te imaginar aqui, te ver aqui, fantasiar como será seu calor, seu sabor, como será novamente te ver, te sentir, te tocar. 

Não posso mais esconder... Isso já me consome, já está maior do que eu posso, do me permito controlar. Já foge de minhas mãos, já não dá para esconder, disfarçar.

Dói, dói como no poema,

Arde como no poema, queima sem que eu possa ver.

Eu sei que não é infinito, 

Eu sei, eu sei ... é frágil, Que não é eterno, mas não posso deixar de sentir, de te querer.

Seu olhar me acalma, me exagera, me encanta, me causa necessidade, me apura o sentir, o haver, o ser. Me dá sentido, me realiza, me permeia,me faz a cada dia ... ... ... ..   ..  .


Clara Freitas & Horta
INCAPAZ DE VIVER POR MIM.

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