quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Suave veneno

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Como a hábil tecedeira
tecerei 
Suaves fios
nada além de belos versos
e
ventos ao teu redor
Alargarei teus caminhos, 
desvendarei teus mais puros e secretos
e sagrados segredos.
Lhe permitirei tudo, tudo, absolutamente tudo, mais que os preciosos necessários.


Enviarei flores, aquelas que sabes bem.
Aquelas que sem saberes cobiças.


Doce face ao frio do tempo.
Necessária silhueta. 



Entre as ervas daninhas a mais sutil.


Das tecedeiras a mais simplória espécime de raro veneno.
A expressa e mais eximia presença soturna.

Aconselho-vos para o prazer do jogo,

Buscai cuidados de anjos.

Pois figuras lhe espreitam ao sabor do vento  noturno.
Suaves criaturas sedentas de almas estamos à mesa posta.

Doce alma à refeição.

Bela essência ainda no frescor da existência

Belas e delicadas bocas sedentas que lhe olham.
Ávidos ouvidos atentos que lhe subitam a carne em segredo.
Fanáticos olhos famintos que lhe aguardam a verdade.


Aquela que de ti exala antes mesmo de vir a ser a sua mais pura e íntima das verdades.


E de quem lhe assegura ciência

Bom descanso.

Bom espaço.

Às ávidas meíssas aos teares.


Mais tempo que de costume.


Ao puro mel da glória.
Se menos meu ainda menos seu de fato se fará.

Posto que nada se valerá a permanecer além do limite que a natureza placidamente defere.


Tão puro,
Tão singelo,
Tão falso e vil coração de suave toque.

Natural.
Simplesmente.










Suculentamente natural!




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2 comentários:

  1. O tempero nada mais assume senão o papel de aguçar o sabor, o desejo, a tênue e fatídica emanação dos sabores da carne!

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  2. Suave menos se faz quanto ao alarido que produz.
    Doce vôo, doce canto de sereia.
    Doce ... doce ... doce ...

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