Hoje te excluí de minha vida
Gente que mente e que não sente não são passíveis de meus desejos.
Não faço conclusão do que me diz
nem daquilo que me faz, me faça ou se supunha a fazer.
Não te amo se era essa sua dúvida
ou sequer lhe desejo,
Não lhe percebo de vista,
de pele
ou de colo,
tenho a absoluta certeza de que não te amo de nada.
Retiro-me de seus mais puros contatos se é que um dia cheguei a ser um deles
Não sou pessoa de suas relações isso já entendí.
Não faço questão de ser,
não faço questão de que faça.
Admiro-lhe a coragem, a desfaçatez, mas lhe renego todo feito,
todo o dito,
todo o que se supunha naquela moribunda verdade velada ainda no nascimento.
Se o coração dói e dói demais como nunca sentí antes e não faço questão de mentir
Uma questão que você não pronuncia nem de longe.
Dói demais
e se dói
é porque havia algo de você e que arranquei de mim de verdade.
Não o imagino longe de mim porque é sua imaginação a causa de minha dor
Uma imaginação fértil demais, fútil demais, infantil demais .
Apesar das flores que me cercam agora.
E de meu sorriso expresso
Esse que carregarei todos os dias, pois encerram a razão de minha busca
Da face que percebo como fim
Do coração que não é o seu
Da voz que não susurra.
Do céu que não se estrela.
Aqui encerro minhas sinceras despedidas se é que você faz idéia do que é sinceridade
Se é que faz idéia de alguma coisa.
Além do que tange sua órbita.
Vou continuar
.
.
.
Clara Freitas & Horta 2012
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